Lição 43 – A Festa de Tabernáculos e a Proteção de Deus

FONTE: Ministério Engel

ATUALIZADO: 22 de outubro de 2016

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“Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor”. Salmos 91:3,4.

A festa dos Tabernáculos, Festa da Colheita, Festa da Água, Festa das Nações, Festa das Cabanas ou como o próprio Deus a chama: A Festa.

A Sucá comemora as Nuvens de Glória que cercavam e protegiam os nossos antepassados durante a permanência de quarenta anos que se seguiram no deserto, com o Êxodo do Egito.

A ordenança de Deus para que o povo habitasse em tendas traz conotações de caráter moral, social, histórico e espiritual. Os rabinos falam da sucá como um símbolo de proteção divina. Em momentos de aflição pedimos ao Todo-Poderoso que nos “abrigue em sua tenda” (Salmo 27.5).

Refletir sobre a festa dos Tabernáculos, chamada em hebraico de “sucôt” (cabanas), nos dá uma ampla visão do significado de fé em Deus e da extensão, de Sua proteção e providência e finalmente do reino messiânico de Jesus.

Salmo 91 – A confiança plena em Deus

Quando comemoramos a Festa dos Tabernáculos Deus nos traz um grande ensinamento através de suas leis e profecias, pois quando “abandonamos” nossas casas e residimos em uma frágil “sucá”, aprendemos que nem as riquezas, nem posses, nem terras são proteções na vida; somente o nosso Deus é que nos sustenta. Mesmo que habitamos em frágeis tendas é Ele, O Eterno Deus, que nos oferece a verdadeira proteção e confiança.

“Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso”. Salmos 91:1.

Esta nuvem de Glória enviada por Deus sobre o acampamento dos Hebreus os cobria como uma (Sucá), cujo nome significa Cabana.

Enquanto os hebreus andavam em comunhão íntima com Deus a nuvem os acompanhava, porém quando pecaram a nuvem se retirava. A Bíblia diz em Isaías 59:2 que os nossos pecados nos separam do Senhor. Isso aconteceu durante a saída dos hebreus da terra do Egito, rumo à Terra Prometida.

No início a Presença de Deus se manifestava por entre as nuvens de Glória que acompanhavam o povo escolhido e assim, o sol não os molestava e o calor do deserto era aplacado. Porém, o pecado da idolatria, adquirido na nação dos muitos deuses, onde eles foram escravos por mais de quatrocentos anos, os levou a construírem um bezerro de ouro, durante a ausência do líder Moisés que subira o monte para ter com o Senhor. Isso os afastou da presença santa de um Deus que não compactua com o pecado, consequentemente as nuvens se dissiparam.

Moisés como líder e intercessor por excelência, subiu ao monte por mais três vezes. Ao descer pela terceira vez, em Yom Kipur , Moisés trouxe para Israel, a ordem de erguer o Tabernáculo, como uma prova de que Deus havia se reconciliado com o povo e a partir de então iria habitar no meio deles.

Assim, cada um trouxe sua contribuição, uma oferta de expiação pelo pecado que haviam cometido, e os artesãos puderam começar a erguer o Tabernáculo. O Senhor aceitou a oferta e, pelas suas infinitas misericórdias que são nosso sustento até hoje e a causa de não sermos consumidos, trouxe de volta a nuvem, a proteção, a presença.

40 anos de proteção

A proteção de Deus através das Nuvens de Glória

A Festa de Tabernáculo ou festa das cabanas, que Israel celebra nesse tempo momento, comemora as nuvens de glória que retornaram depois do perdão, o Yom Kippur – e que permaneceram com eles durante os quarenta anos de estadia no deserto.

Ato Profético de toda Nação

Porém um ato de fé fora requerido: cada filho da promessa teria que armar suas tendas e permanecer com Ele na “sucá” (tenda-Cabana), debaixo da sombra protetora de Sua fé.

As quatro espécies de plantas (Unidade do povo)

“E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês. Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito”. Neemias 8:14-15.

As quatro espécies de plantas

Lulav (tamareira); Hadás (murta); Aravá (salgueiro); Etrog (cidra).

Lembra-nos dos quatros níveis de maturidade do homem. E que aqueles que buscam a proteção de Deus são guardados, independente de seu nível espiritual.

Constam no mandamento da festa, e de acordo com o que vemos escrito também no livro de Neemias, serviam para cobrir a sucá, porém, os sábios judeus vieram a identificar e acrescentar outros significados, associando-os aos diferentes tipos de personalidades humanas que compõem uma comunidade. Daí surgiu o “Netilat Lulav”, um feixe formado com as quatro espécies que devem-se segurar juntas, e recitar a bênção, o que vem a expressar a necessidade de união e solidariedade entre as diferentes pessoas indistintamente. Mas, biblicamente falando, o ponto indispensável para o cumprimento do mandamento é a habitação na sucá (cabana).

“Hoshana Rabbah”

No sétimo dia, chamado “Hoshana Rabbah” que significa “A grande Salvação”, os sacerdotes rodeavam o altar sete vezes, recitando o Salmo 118.

Durante os sete dias de sucot, o grande altar de sacrifício recebia um número de sacrifício maior do que em qualquer outra festa: 70 novilhos, 14 carneiros, 98 cordeiros e 7 bodes (Números 29.12-34).

Em relação aos 70 novilhos o Talmud ensina que “as setenta nações do mundo são representadas nas ofertas de expiação de Israel”.

A obediência ao Deus que protege

Nuvens de Glórias ou nuvens de gafanhotos?

“Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas.

Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando.

Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.

Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o Senhor dos Exércitos.

“Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa”, diz o Senhor dos Exércitos. Malaquias 3:8-12.

Sucot é a Festa da Colheita quando a produção dos campos era colhida e o dízimo era separado, de acordo com o mandamento da Torá, e dado aos levitas e aos pobres. A leitura da Torá nos dias desta festa nas atividades e celebrações Matinais de fala do mandamento de dar o dízimo.

Depois de se entregar o dizimo das colheitas o povo poderia clamar por chuva.

“Ordenou, e vieram enxames de gafanhotos, gafanhotos inumeráveis, e devoraram toda a vegetação daquela terra, e consumiram tudo o que a lavoura produziu”. Salmos 105:34,35.

Orando por Chuva

Um aspecto particular de “Shemini Atzeret” é a oração por chuva. Nas orações se introduz a frase, que será recitada até Pessah: “meshiv ha-rua’h u morid ha-gueshem” (o que faz com que o vento sopre e a chuva caia). Essa frase expressa à ansiedade que se sente em Israel durante a estação das chuvas, já que a ausência delas significa fome, sede e enfermidade. Esta oração é deixada para o último dia da festa, porque, se o SENHOR mandar chuva após a oração ela não impedirá o povo de desfrutar dos sete dias de habitação na Sucá.

Assim entendemos melhor a seguinte narrativa a respeito do Messias Jesus:

“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”. João 7:37-39

“Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia”. “Zacarias 13:1

“E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos. E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva”. Zacarias 14:16-17.

 

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